Nesse artigo vamos refletir sobre uma parábola Zen que trata do aperfeiçoamento pessoal e de sempre sermos melhores do que ontem.
“Um praticante, certa vez, perguntou a um mestre Zen, que ele considerava muito sábio:
- Quais são os tipos de pessoas que necessitam de aperfeiçoamento pessoal?
- Pessoas como eu – comentou o mestre.
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O praticando ficou espantado e disse:
– Um mestre como o senhor precisa de aperfeiçoamento?
– O aperfeiçoamento – respondeu o sábio – nada mais é do que vestir-se, ou alimentar-se.
– Mas fazemos isso sempre! – replicou o praticante – Imaginava que o aperfeiçoamento significasse algo mais profundo para um mestre.
– O que achas que faço todos os dias? – retrucou o mestre – A cada dia, buscando o aperfeiçoamento, faço com cuidado e honestidade os atos comuns do cotidiano. Nada é mais profundo do que isso”.
Reflexão sobre o aperfeiçoamento pessoal
Acredito que essa parábola resume tudo o que vimos neste módulo: podemos simplesmente engolir a comida, ou podemos ter consciência do ato de comer; podemos trabalhar, ou podemos ter consciência do ato de trabalhar.
Podemos viver automaticamente, ou podemos ter a consciência de estar vivendo. A palavra-chave é consciência – ter total atenção em tudo o que fazemos e somos.
Como vimos nessa parábola, mesmo um mestre muito avançado em meditação precisa se aperfeiçoar em manter-se 100% atento, pois esse é o maior desafio para todos nós.
Acredito que nem mesmo Buda conseguia estar totalmente atento 24 horas por dia. Mas a graça do caminho não é chegar ao fim, é o próprio caminho. O ato de estar atento um minuto por dia já é estar consciente.
Quanto mais estivermos atentos, com atenção plena em tudo o que fazemos, maior será a nossa qualidade, intensidade e percepção de vida. E é isso o que importa no final das contas, não os atos em si.
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