Nesse artigo o Prof. Tibério Z responde a questão de um aluno sobre como aprender falar não e a importância de colocarmos limites para as pessoas.
Não sabemos falar não por causa do nosso ego carente, que tem uma grande necessidade de aprovação e de agradar a todos.
Quando dizemos não, morremos de medo de sermos julgados negativamente, de não falarem mais conosco, de não gostarem mais de nós.
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Então, usamos a desculpa de não querer magoar o outro, mas, na verdade, estamos com medo da reprovação.
Nossa carência é tão grande porque o ego busca se afirmar e reconhecer sua importância através da opinião alheia.
O ego sozinho não se sustenta, por isso precisamos que nos digam: “Como você é legal!”, “Que cara gente boa você é!”.
O “não” como um ato de amor e respeito
Conforme vamos educando nosso ego e encontrando nosso valor na consciência, mais percebemos que não precisamos da aprovação de ninguém.
Inclusive, não temos controle algum sobre o que pensam de nós, mesmo que façamos tudo sempre para agradar.
Se cada um pensa o que quer, então quando dizemos “não”, não importa o que a outra pessoa vai pensar da gente, isso só diz respeito a ela.
Jesus nos deixou a máxima: “Amar ao próximo como a si mesmo.” Muitas pessoas conseguem amar ao próximo, mas não conseguem amar a si mesmo, e falar “não” é amar a si mesmo.
Porque colocar limites é saber quando passamos a nos prejudicar e a nos machucar.
Podemos ajudar todo mundo, não tem problema, desde que isso não nos prejudique.
Se começou a nos prejudicar em algum nível, mas seguimos fazendo, é falta de amor-próprio.
O amor é também o respeito, e isso nos inclui. Por isso, amor-próprio é respeitar a si sabendo falar não.
Amar é saber falar não.
Pois assim damos real oportunidade do outro aprender e fazer as coisas por si.
Algumas vezes, dizer sim pode ser um ato de desrespeito com o outro também.
O “não” como um filtro
Então, o limite do “não” é até onde nos prejudica, até onde não fere o respeito que temos por nós mesmos.
E se o outro não souber lidar com isso, paciência, o universo está nos livrando de um interesseiro.
Pois, quando a pessoa é nossa amiga de verdade, não tem problemas em aceitar os nossos limites, já que ela não quer ultrapassá-los e nos prejudicar.
Então, seja de que forma for, é melhor falarmos logo o nosso limite e deixar o outro, em seu livre-arbítrio, decidir se ainda quer se relacionar conosco ou se quer partir.
Copyright do texto © 2022 Tibério Z Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste artigo pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas. (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ISBN: 978-65-00-20884-9
