Por esses tempos, li uma reportagem em que uma antropóloga dizia que o ser humano saiu da Pré-História e conseguiu desenvolver as sociedades modernas por causa da sua imaginação. Pessoalmente, acredito que essa imaginação é o grande dom que o Criador nos deu.
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Nossa imaginação é nossa arma de sobrevivência, porque, por meio dela, construímos objetos, e foram esses objetos que garantiram nossa sobrevivência ao longo da história. Por isso, a capacidade de imaginar é um atributo fundamental do ser humano.
A imaginação é a capacidade de vermos algo em nossa mente e transformar esse algo em realidade. Se observarmos, tudo que existe em nossa sociedade, antes de existir, estava na mente de uma pessoa, ou seja, alguém imaginou e criou a partir disso. Essa capacidade de criar é que nos dá a possibilidade de resolver os nossos problemas. Vejam, com exceção de alguns problemas mais físicos, quase todos os problemas nós podemos solucionar com um pouco de imaginação.
A solução sempre está em nossa mente, pois, como ensina o Hermetismo, tudo é mente, tudo está na mente, inclusive as soluções. Então, ser capaz de imaginar e criar é basicamente saber resolver problemas.
Por isso que, geralmente, pessoas que não veem solução na vida, que não conseguem enxergar saídas para seus problemas, principalmente os problemas corriqueiros e em relação ao dinheiro, é porque têm baixa criatividade.
Eventualmente, nos deparamos com pessoas que estão em situações similares, ambas enfrentando desafios, e uma prospera e a outra não. O que diferencia uma da outra é, em grande parte, a capacidade de imaginação, a criatividade. Isso porque a pessoa que desenvolve sua criatividade olha um problema e pensa “O que eu posso fazer para resolver essa questão?”. É assim que ela usa a própria mente para criar uma solução.
A criatividade é baseada em dois pontos: a curiosidade e o conhecimento. Sem curiosidade não há criatividade, porque tudo pode ser fonte de informação. Por isso, pessoas criativas não se limitam a um só tipo de filme, livro, música e coisas afins. Elas absorvem tudo o que surge. Nutrindo esse contato com diversos elementos, a mente vai armazenando todas essas informações de forma a criar um grande banco de dados interno. Então, quando esses indivíduos precisam resolver um problema, a mente deles pega um pedaço daqui, outro pedaço de lá, vai juntando as peças e “Bum!”, cria uma ideia.
Ademais, a curiosidade favorece o grande elemento da criatividade, que é o conhecimento. O conhecimento é fundamental porque somente ele pode juntar as pecinhas soltas que formam a criatividade, como em um quebra-cabeça. Portanto, quanto mais matéria-prima temos – a saber, o conhecimento –, mais criativos somos. Por consequência, quanto menor ou mais limitado é o nosso conhecimento, menos conseguimos acessar essa nossa habilidade inata.
Por exemplo, uma pessoa que só sabe de marcenaria provavelmente será muito menos criativa do que a outra que entende um pouco de alvenaria e pintura e que gosta de ver vídeos na internet sobre organização e decoração. Todas essas informações extras, que podem ou não ser relacionadas com a marcenaria, vão entrando em um grande caldeirão interior de conhecimento. Quando nosso cérebro precisar resolver algo, é ali que ele vai buscar referências.
Porém, se o cérebro não tem essa matéria-prima, não tem criatividade. Então, se achamos que já sabemos tudo na vida, não teremos a curiosidade necessária para buscarmos novas informações. Parando de buscá-las, paramos de ser criativos. Isso é o que acontece com artistas que passam por momentos sem inspiração e que resolvem buscá-la de outras formas. Nesses casos, é comum que o artista vá viajar, de modo a sair da rotina e deixar os lugares comuns rumo a viver novas situações e ter novas informações para alimentar seu sistema criativo.
Então, se acreditamos que já sabemos tudo na vida, que não há mais necessidade de estudar e de aprender coisas novas, vamos perdendo nossa criatividade e, consequentemente, nossa capacidade de solucionar problemas.
E, vejam, problemas não são necessariamente algo negativo. Desde que nascemos, estamos aqui basicamente resolvendo problemas, e tudo bem. Afinal, o Criador nos dotou de um sistema que nos permite resolvê-los. Mas, sem criatividade, os problemas parecem muito maiores do que de fato são, e acabamos não vendo saída para eles. Por isso que, apesar de a criatividade estar muito associada à arte, ela é igualmente fundamental em nosso dia a dia. Quanto menos a desenvolvemos, menos somos capazes de ver soluções, e mais nos tornamos escravos das circunstâncias.
O primeiro passo para sairmos disso é admitir que o conhecimento é infinito. O segundo, por sua vez, é não se limitar, ou seja, não ouvir só um tipo de música, não ver só um tipo de filme, não buscar só um tipo de informação. Por exemplo, leio de bula de remédios a livros de filosofia, leio de tudo. Faço isso pois sei que tudo é fonte de informação e poderá ser matéria-prima para eu resolver meus problemas. Então, não vamos ler somente livros espirituais, vamos ler sobre economia, biologia, matemática, o que for. Afinal, não sabemos como nosso cérebro vai pegar todas essas ideias e transformá-las em uma solução, pois todos esses processos são inconscientes.
Por exemplo, em um filme romântico pode haver um vendedor de flores na rua, e essa informação vai para o nosso inconsciente. Então, em uma dificuldade econômica, nosso cérebro pega essa informação de que é possível vender flores para ganhar dinheiro e traz à consciência. Inclusive, perto da minha casa havia uma senhora que fazia isso.
Todo dia, a partir das 17 horas, ela vendia flores no farol. Um dia estávamos conversando, e ela me contou que foi assim que conseguiu comprar um sobradinho para morar. Não estou dizendo que foi o caso dela, mas essa ideia de vender flores poderia ter vindo de um filme romântico ao qual ela assistiu. Como disse, simplesmente não sabemos como e quais informações nosso cérebro usará, mas sabemos que elas são a base para o nosso conhecimento.
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