Uma das causas do fracasso é não acertarmos as contas com o nosso passado. E acertar as contas com o passado passa por compreendermos a nossa infância, bem como o papel de nossos pais em nossa vida, os tipos de programações que recebemos e os traumas que carregamos.
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Enquanto tudo isso não for trabalhado, ficará pulsando uma mágoa dentro de nós. Porque é na infância que recebemos programações que nos fazem crer que não prestamos, que devemos algo ao mundo, que somos burros, que somos maus e assim por diante.
Essas frases foram repetidas dia após dia, até que viraram um mantra negativo absorvido pelo nosso inconsciente, que rege toda a nossa vida. Essas programações são recebidas dos pais, da escola, dos professores, dos familiares, da religião e da sociedade como um todo.
Quando adultos, para nos livrarmos dessas programações e jogá-las no lixo, precisamos de uma certa dose de rebeldia, ou seja, é preciso que não acreditemos na programação dos outros e que façamos a nossa própria, do jeito que for melhor para nós. Isso porque acreditar nas programações alheias é ter grandes chances de fracassar. Afinal, os outros não sabem quem somos, nem mesmo se estiverem a vida inteira ao nosso lado, porque somos o resultado de bilhões de anos de experiência reencarnatória.
Assim, apenas nós sabemos o que é melhor para nós mesmos. Desse modo, mesmo que nossos pais ou nossos professores tenham tido boas intenções quando nos trouxeram essas ideias, ainda assim podemos colocar tudo isso para fora e acreditar que somos quem queremos ser.
Na prática, não é fácil cortar esses laços energéticos. Eles são como areia movediça, que agarram nossas pernas, limitam nossos movimentos e nos puxam para baixo. E a sociedade usa esse mecanismo para desenvolver a culpa em nós, de modo que já nascemos devedores em vários níveis. Então, o primeiro passo é estabelecermos que não somos culpados, tampouco somos devedores de qualquer coisa.
Sim, todos cometemos erros, mas, na época que agimos equivocadamente, não tínhamos a consciência que temos hoje. Além disso, ainda erraremos mais ao longo da vida. Tudo o que podemos fazer é pedirmos desculpas, repararmos os estragos como for possível e aprendermos com esse erro de maneira a não o repetir.
A culpa e o vitimismo não servem para nada, pois não importa o que fizemos no passado, importa o que somos e fazemos agora. Até porque, em vidas anteriores, absolutamente todo mundo cometeu erros atrozes, e nem por isso somos julgados. Para a vida, esses erros são apenas aprendizados. Por isso que, de modo geral, não lembramos das encarnações passadas, para não termos que lidar com o peso dessas culpas.
Mas, ainda assim, passamos muito tempo nos martirizando por erros de 20, 30, 40 anos atrás. Por isso, não devemos permitir que qualquer um, seja a nossa família, a religião que seguimos ou a sociedade em que nos inserimos, nos julgue e determine quem somos. Nós que devemos escolher no que queremos acreditar.
Romper esse laço de julgamentos e culpas com a família é difícil, por isso a importância de olharmos com atenção para nossa infância, de modo a compreendermos as crenças limitantes que adquirimos e as sombras que carregamos. Sem isso, essas programações ficam travando nossas vidas. Porém, não existe fórmula mágica para jogá-las fora. Só fazemos isso por meio da compreensão.
Por exemplo, nossa mãe pensa de determinado modo, e essa é a visão de mundo dela. Por isso, dentro do que ela entende, deu o melhor que podia para nós. Assim, respeitamos o que ela pensa, mas não precisamos comprar suas ideias, isso porque o erro é aceitarmos as limitações que os outros nos impõe como verdadeiras.
Quando acreditamos no que o outro fala sobre nós, estamos dando poder ao que ele diz. Agora, se conseguimos discernir que essa é apenas uma opinião e que não precisamos pensar assim, estamos caminhando para a liberdade.
Para ajudar nesse processo, podemos usar a terapia, pois ela puxa o fio da meada até o início dessas programações que nasceram na infância. Assim, acertamos as contas com o passado e paramos de carregar pesos desnecessários.
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