Esse princípio nos diz para não bajularmos alguém para ganhar algo em troca. Afinal, quando fazemos isso, estamos usando a pessoa, e imagino que nenhum de nós gostaria que fizessem isso com a gente, certo?
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Algumas pessoas falam sempre o que os outros querem ouvir com a desculpa de não quererem ser desagradáveis, mas a verdade é que, quando não somos sinceros, a chance de falarmos algo que prejudica a outra pessoa é muito grande.
Isso é especialmente danoso em terapeutas. Alguns preferem ficar dez anos dizendo o que o cliente quer ouvir do que arriscar dizer a verdade e perder o cliente. Mas quem tem mais chances de ajudar: aquele que não fala nada ou aquele que, empaticamente, diz que a pessoa está errando em algum comportamento?
Em nossa sociedade, ser sincero é realmente um desafio. Basta ligarmos a televisão para vermos o quanto somos bajulados pela publicidade, pelos políticos, por todos – tudo porque, assim, conseguem nos enganar mais facilmente.
Mas isso só acontece porque as pessoas querem ser bajuladas. Elas aceitam serem enganadas porque elas fogem da verdade. Novamente, é a ideia do rei e do súdito. Há pessoas que, como um rei, querem ter súditos, querem comprar pessoas que fiquem ao redor e que digam somente o que é confortável de ouvir. Porém, isso é uma ilusão, não existe rei e não existe súdito.
Depois, esses indivíduos reclamam que as pessoas só se aproximam deles por interesse. Mas como poderia ser de outra forma se essa é a forma como a pessoa se relaciona com os demais?
O preço de não querer escutar a verdade e de buscar alimentar continuamente o ego é a zona de conforto. A pessoa que diz que não somos tão fortes, inteligentes ou legais quanto imaginamos certamente não é um súdito nosso. Geralmente, não vemos a benção de ter por perto pessoas com coragem para nos dizer verdades. Em uma empresa, o funcionário que fizer uma crítica construtiva para o chefe, rapidamente será mandado embora. Já outro funcionário, que faz vista grossa para todos os erros dos seus superiores, é um ótimo súdito e será mantido na empresa. Isso porque poucos chefes querem ter pessoas que pensam, a maioria busca bajuladores.
Vejam, errar não é problema, mas só nos rodearmos de pessoas que irão nos iludir sobre nossos atos, fingindo que eles são bons, mesmo quando não são, irá, em algum momento, nos trazer problema.
Além disso, os incentivadores da zona de conforto querem algo em troca: que nós também sejamos bajuladores. Assim, uma sociedade hipócrita é criada – uma sociedade em que ninguém fala para o outro a verdade.
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