Kirlianografia, também conhecida como fotografia Kirlian, é uma técnica de fotografia que capta imagens de campos energéticos ou “auras” ao redor de objetos vivos e inanimados.
Desenvolvida por Semyon Kirlian e sua esposa Valentina Kirlian na União Soviética em 1939, essa técnica usa uma alta tensão elétrica para gerar imagens de descargas elétricas em torno de um objeto, criando uma representação visual do campo energético.
Muitas vezes, essa aura é interpretada como uma manifestação da energia vital ou bioenergia, o que despertou interesse em áreas como a parapsicologia, medicina alternativa e espiritualidade.
A Kirlianografia não capta diretamente a aura no sentido espiritual, mas sim o que é conhecido como “efeito corona” — uma descarga elétrica visível que ocorre quando um objeto é submetido a uma corrente elétrica de alta voltagem em condições específicas.
A imagem resultante mostra um halo de luz ao redor do objeto, que pode ser influenciado por fatores como a umidade, temperatura e a pressão do objeto em contato com a superfície fotográfica. No entanto, alguns interpretam essa aura como um reflexo do estado de saúde ou do campo energético de seres vivos, o que gerou muito debate.
Origem e História da Kirlianografia
A Kirlianografia foi descoberta acidentalmente em 1939 por Semyon Kirlian, um eletricista e inventor russo, quando ele observou um fenômeno curioso ao trabalhar com máquinas de alta voltagem.
Ele percebeu que, ao colocar um objeto em uma placa de metal conectada a uma fonte de alta voltagem e uma chapa fotográfica, uma aura brilhante se formava ao redor do objeto, visível na fotografia resultante. Essa descoberta fascinou Kirlian, e ele passou décadas desenvolvendo e aprimorando a técnica com a ajuda de sua esposa, Valentina.
Embora o fenômeno captado pela Kirlianografia seja explicado cientificamente como uma descarga elétrica, a técnica logo despertou o interesse de pesquisadores e entusiastas do campo da parapsicologia e das terapias alternativas.
Muitos começaram a explorar a possibilidade de que a aura registrada nas fotografias Kirlian pudesse ser um reflexo do estado emocional, mental e físico de um indivíduo, levando a diversas teorias sobre a relação entre o campo energético e a saúde humana.
Nas décadas de 1960 e 1970, a Kirlianografia ganhou popularidade no Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, onde foi associada ao movimento da Nova Era. Foi nesse contexto que surgiram especulações sobre o uso da técnica para diagnosticar doenças ou desequilíbrios energéticos no corpo humano, baseadas na interpretação das imagens como sendo representações da “energia vital” ou da “aura humana”.
O Processo da Kirlianografia
A Kirlianografia envolve a aplicação de uma corrente elétrica de alta voltagem em um objeto ou ser vivo, que é colocado em contato com uma chapa fotográfica sensível. Quando a corrente passa pelo objeto, ela cria um campo elétrico ao seu redor, resultando em uma descarga luminosa que aparece na chapa como uma “aura”.
Esse fenômeno é conhecido como “efeito corona” e pode ser influenciado por vários fatores, como a umidade presente na superfície do objeto, o tipo de material em contato com a chapa e as condições ambientais.
O equipamento básico utilizado na Kirlianografia inclui uma fonte de alta tensão, uma chapa condutora (geralmente de metal) e um filme fotográfico. Na maioria das aplicações, o objeto é colocado entre a chapa condutora e o filme, e uma corrente elétrica é aplicada. A imagem resultante é um padrão de luzes que parece “emanar” do objeto, criando a aparência de uma aura brilhante.
Embora a Kirlianografia tenha sido usada principalmente para fotografar plantas, folhas e partes do corpo humano, como mãos e dedos, ela também pode ser aplicada a objetos inanimados, produzindo resultados visuais interessantes. No entanto, o significado dessas imagens varia conforme a interpretação de cada pesquisador ou praticante.
Aplicações e Uso da Kirlianografia
A Kirlianografia encontrou várias aplicações em diferentes áreas, especialmente em terapias alternativas e na pesquisa de fenômenos energéticos. Algumas das principais áreas de interesse incluem:
Terapias de cura energética: Muitos praticantes de terapias energéticas, como Reiki e Cura Prânica, veem a Kirlianografia como uma maneira de monitorar o campo energético de uma pessoa. Eles acreditam que as variações nas formas e intensidades das auras capturadas nas imagens podem refletir o estado de saúde ou o equilíbrio energético do indivíduo.
Pesquisa parapsicológica: Pesquisadores interessados em fenômenos paranormais e energias sutis usam a Kirlianografia para explorar a natureza da aura e seu potencial como indicador de emoções ou estados de consciência. Eles procuram padrões nas imagens que possam estar relacionados a estados emocionais ou espirituais.
Estudos sobre plantas e organismos vivos: A Kirlianografia também é usada para estudar plantas e organismos vivos, documentando as mudanças no campo energético em resposta a fatores ambientais, como a presença de nutrientes, água ou toxinas.
Algumas pesquisas sugerem que as imagens de plantas saudáveis têm um padrão mais claro e luminoso, enquanto plantas doentes ou com falta de nutrientes mostram auras mais fracas ou irregulares.
Exploração artística: Além de suas aplicações científicas e terapêuticas, a Kirlianografia também foi adotada por artistas que se interessam pelos padrões e formas esteticamente únicos produzidos pela técnica. As imagens podem ser vistas como uma expressão visual da energia vital, criando obras de arte únicas e abstratas.
O Legado da Kirlianografia
Mesmo com as controvérsias, a Kirlianografia continua a ter um apelo significativo, especialmente entre aqueles interessados em fenômenos energéticos e espirituais. A técnica ainda é usada em terapias alternativas e como uma ferramenta de exploração pessoal e artística.
Para muitos, as imagens Kirlian fornecem um vislumbre de um aspecto invisível do mundo, uma representação visual do que poderia ser a energia vital que permeia toda a vida.
Hoje, a Kirlianografia permanece um campo de interesse para pessoas que exploram o potencial da fotografia como uma janela para os campos sutis e energéticos que nos cercam, mesmo que esses fenômenos ainda estejam longe de serem completamente compreendidos pela ciência.