Por que eu quero tanto o respeito na vida? Essa é a primeira pergunta a ser feita. “Por que eu quero ser respeitado?”.
Eu quero é ter paz, eu não quero ter respeito. Eu quero acordar de manhã e ter paz, eu não quero o respeito dos outros.
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Esperar qualquer coisa é ser infeliz
Aliás, esperar qualquer coisa do próximo é pedir para ser infeliz. Muito do que nós chamamos de respeito nessa sociedade vem de hierarquias sociais. “Eu respeito meu chefe porque ele é meu chefe. Caso não fosse, eu falaria umas boas verdades para ele!”.
Então é um respeito meio falso que temos nessa sociedade. É um respeito de interesse; as pessoas respeitam umas as outras por meio de interesse, não por amor ao próximo, não por amor incondicional.
Então, de início, essa ideia de respeito social já é uma ideia puramente egóica. Quanto ao preconceito, a pessoa ainda está em um nível de consciência em que ela ainda acha que existem diferenças entre os seres.
Ela só consegue olhar o corpo físico. Ela ainda não entendeu que a consciência não tem sexo, não tem cor, não tem preferências. A consciência é algo totalmente neutro.
Preso na terceira dimensão
Essa é uma pessoa que está presa na terceira dimensão, apenas no que os olhos dela enxergam. Presa em uma série de programações culturais e sociais, presa na história da família dela, presa em um monte de questões.
Nesse caso, a questão é quem é mais livre: aquele que tem preconceito ou aquele que não tem? É fácil perceber que o preconceituoso está em uma prisão existencial criada por ele mesmo, ele não precisa que mais ninguém o puna, pois sua própria consciência e seus pontos de vista já o aprisionaram.
Precisa de mais alguma coisa? O quanto isso vai gerar de dor na existência dessa pessoa? Vai gerar dor nessa vida, e isso se perpetua até a hora em que ela quebrar esses paradigmas e perceber que não existem pessoas diferentes, que somos todos fagulhas individualizadas de Deus.
Se somos individualizados, cada um vai ter um ponto de vista, um gosto, e assim por diante.
“A partir de amanhã, a única fruta que presta é melancia.” Ok, se eu quiser pensar assim, eu penso. Isso vai gerar dor na minha existência.
Agora, um ego gosta de melancia, outro de melão, outro de mamão, outro de pêssego. Essas diferenças fazem parte da individualização do criador, mas, fundamentalmente, somos todos iguais.
Quem é mais livre
Agora, quem é mais livre? A pessoa que percebeu isso ou a pessoa que ainda tem preconceito? Essa que tem preconceito ainda vive em uma prisão existencial e vai colher muito sofrimento pelo caminho dela até que consiga quebrar essas barreiras mentais.
Então, por si só ela já tá colhendo o que planta. Isso nos leva à questão final: por que você se importa? O próprio inferno já está na cabeça da pessoa. O respeito que todos queremos é um respeito falso, é o respeito por interesse, é o respeito egóico, então do que importa o que essa pessoa faz comigo diante desses dois fatos?
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