A meditação não deve ser feita com nenhum tipo de substância que altere a consciência. Pois ela é o ato de estarmos em consciência absoluta.
Meditação não é fazer nada
Estudando o cérebro de monges que meditavam há muitos anos, descobriram que a atividade cerebral é muito mais intensa durante a meditação do que no estado de vigília normal.
Isso acontece porque o estado meditativo não é o estado de não fazer nada, é o estado de prestar atenção em tudo.
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Na meditação verdadeira, prestamos atenção aos nossos pensamentos, ao nosso corpo físico, aos nossos sentimentos… então é um estado de consciência máxima.
Não existe no planeta Terra um estado de maior consciência do que a meditação.
Por que não devemos usar substâncias para meditar? h3
Qualquer coisa que interfira na consciência, nos tira da meditação.
Quem é meu aluno sabe que não indico nem meditar com música.
Porque a meditação é um ato solitário, é um ato apenas como o nosso corpo, com a nossa respiração, com os nossos pensamentos e mais nada.
Se condicionamos nosso cérebro a uma música, uma planta de poder ou qualquer outra coisa, ficamos escravos disso para conseguir chegar em estados meditativos.
E a meditação é a libertação, não a escravidão.
A meditação é justamente o caminho que nos mostra que não precisamos de mais nada na vida a não ser nossa consciência.
Vamos praticar!
O exercício de meditação mais simples e mais complexo que existe é esse que vou passar para vocês.
Recomendo que já façam agora:
Fechem os olhos e prestem atenção na respiração.
Não interfiram na respiração, apenas prestem atenção no ar entrando, inflando os pulmões e saindo deles.
Virá um pensamento. Isso é normal.
Vamos simplesmente observá-lo como uma terceira pessoa, como se ele não fosse nosso, sem nos relacionarmos ou envolvermos com esse pensamento.
E vamos deixa-lo ir e passar por nós como se fosse uma nuvem.
Então voltamos nossa atenção para a respiração.
Imediatamente virá outro pensamento.
Vamos observá-lo, deixa-lo ir e voltar nossa atenção para a respiração.
E repetiremos esse processo não importa quantos pensamentos apareçam.
O paradoxo da meditação
Chamamos esse exercício de gangorra: porque ficamos voltando a atenção para a respiração, mesmo que os pensamentos apareçam.
Isso funciona como uma musculação para o cérebro.
E com o tempo, os intervalos entre um pensamento e outro vão ficando maiores.
É nesse silêncio entre um pensamento e outro que existe a meditação.
Mas, paradoxalmente, meditar não é parar de pensar, meditar é prestar atenção nos pensamentos.
Pois não podemos impedir o surgimento dos pensamentos, mas prestando atenção neles, vamos deixando de nos associar a eles e eles vão deixando de surgir.
Meditação e a expansão da consciência
Meditando começamos a entender como funciona nossa mente, como nosso cérebro produz um pensamento, como esse pensamento se desenvolve e gera um sentimento e como esse pensamento vai embora.
A meditação também nos traz a consciência de que não somos nossos pensamentos, e que eles são, na verdade, apenas um produto da nossa mente.
O pensamento é uma produção do ego e não do ser.
Por isso a importância de não nos associarmos a eles e de compreendermos que eles passam como as nuvens no céu.
E conforme treinamos, os intervalos entre pensamentos ficam maiores, o silêncio mental aumenta e é nesse silêncio que encontramos o divino.
Mas se não ensinamos a mente a parar de tagarelar, o divino não consegue se manifestar.
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