A glândula pineal, situada no centro do cérebro, é frequentemente associada ao “terceiro olho” nas tradições espirituais. Filósofos e pensadores, como René Descartes e Helena Blavatsky, destacaram a importância da glândula pineal na conexão entre corpo e alma, reconhecendo seu papel no despertar espiritual e na obtenção de conhecimento oculto.
O Olho de Hórus
O Olho de Hórus, também conhecido como “Wadjet”, é um antigo símbolo egípcio de proteção, poder real e boa saúde. Este símbolo tem uma rica história e é envolvido em muitos mitos e lendas.
Hórus e Seth
Hórus é um dos deuses mais importantes do panteão egípcio. Ele é frequentemente representado como um falcão ou um homem com cabeça de falcão. O mito central do Olho de Hórus envolve a luta entre Hórus e seu tio, Seth (ou Set), que matou Osíris e usurpou o trono do Egito.
Durante a longa batalha para vingar a morte de seu pai e reclamar o trono, Hórus perdeu um de seus olhos. Este evento simboliza a guerra entre o ego e o divino. O ego, em sua busca por poder e controle, entrou em confronto com o divino, e durante essa guerra, perdeu a capacidade de enxergar além dos cinco sentidos.
O olho de Hórus foi restaurado pelo deus Thoth, o deus da sabedoria e da magia. Thoth usou sua magia para curar e restaurar o olho de Hórus. O fato de Thoth, o deus do conhecimento, ter curado o olho de Hórus simboliza que, através do conhecimento, podemos curar nosso terceiro olho. Isso indica que, por meio de estudos e disciplina, podemos abrir o terceiro olho que está doente e adormecido.
Ajna Chakra e a Glândula Pineal
Na tradição hindu, o Ajna Chakra, ou chakra frontal, está localizado na testa entre as sobrancelhas e é considerado um centro de intuição e percepção espiritual.
O corpo físico possui uma cópia exata na dimensão etérica chamada de corpo etérico ou corpo energético. Esse corpo energético é responsável pela captação de frequências vibracionais das dimensões astral, mental inferior e mental superior.
Para cada célula do corpo físico, há uma cópia exata no corpo etérico, denominada chakras. Assim como as células humanas se agrupam formando órgãos, os chakras se agrupam formando os principais chakras, conhecidos popularmente como os 7 chakras.
Cada chakra principal está interconectado com uma glândula no corpo físico. O Ajna Chakra, ou chakra frontal, está diretamente conectado com a glândula pineal.
O Ajna Chakra capta frequências vibracionais de outras dimensões e as transmite para os cristais de apatita da glândula pineal. A glândula pineal recebe essas frequências, transcodifica-as em elementos químicos e impulsos elétricos, e as transmite para o cérebro.
Quando desenvolvemos o chakra frontal, estamos melhorando apenas uma parte do processo: a captação multidimensional. A outra parte envolve o desenvolvimento dos cristais de apatita na glândula pineal.
Para isso, são necessários exercícios de respiração, visualização e atividades físicas. Dessa forma, completamos a captação etérica e a captação física, bem como a transcodificação biológica.
A glândula pineal
A glândula pineal é uma pequena estrutura localizada no centro do cérebro, com formato semelhante a uma pinha, o que explica seu nome. Ela é aproximadamente do tamanho de uma ervilha e pesa cerca de 150 miligramas. Apesar de seu tamanho reduzido, a glândula pineal desempenha um papel crucial na regulação de diversos processos biológicos e espirituais.
Regulação dos Ritmos Circadianos
A glândula pineal é um órgão que atua como um relógio interno, regulando os ritmos circadianos. Esses ritmos são ciclos biológicos que se repetem aproximadamente a cada 24 horas, influenciados principalmente pela variação de luz e escuridão no ambiente.
A pineal capta radiações do Sol e da Lua, ajustando a produção de melatonina conforme a luminosidade recebida. Isso ajuda a sincronizar o relógio biológico do corpo com os ciclos naturais de dia e noite, facilitando um padrão regular de sono e vigília.
Produção de Melatonina
A principal função da glândula pineal é a produção do hormônio melatonina, que é crucial para a regulação do sono. A melatonina é secretada em maior quantidade durante a noite, promovendo o sono, e sua produção diminui durante o dia, ajudando a manter o estado de alerta.
Esse hormônio não só regula o ciclo de sono e vigília, mas também desempenha um papel na modulação da atividade sexual e dos processos reprodutivos). Variações na produção de melatonina podem influenciar os hormônios sexuais, afetando a maturação sexual e a fertilidade.
Propriedades Antioxidantes
A melatonina produzida pela glândula pineal possui propriedades antioxidantes, protegendo as células cerebrais contra danos oxidativos. Esse efeito antioxidante é fundamental para a prevenção de doenças neurodegenerativas e para retardar o processo de envelhecimento cerebral. A proteção contra danos oxidativos ajuda a manter a saúde cerebral e pode prevenir condições como a doença de Alzheimer.
Cristais de Apatita na Glândula Pineal
Recentemente, pesquisadores identificaram que as estruturas anteriormente consideradas como simples calcificações na pineal são, na verdade, cristais de apatita.
Cristais de apatita são minerais compostos de fosfato de cálcio, frequentemente encontrados em ossos e dentes dos organismos vivos, incluindo humanos. Esses cristais são essenciais para a formação e manutenção da estrutura óssea e dentária, proporcionando rigidez e resistência.
Natureza Diamagnética
Diamagnetismo é uma propriedade de materiais que geram um campo magnético oposto quando expostos a um campo magnético externo, resultando em uma leve repulsão. Essa característica permite que os cristais de apatita na pineal funcionem como antenas, captando frequências vibracionais sutis que os sentidos convencionais não conseguem captar.
A glândula pineal, converte esses campos eletromagnéticos em sinais bioquímicos, facilitando a interpretação pelo cérebro físicos dessas frequências sutis. Essa conversão é essencial para o funcionamento da mediunidade.
Algumas pessoas nascem com uma quantidade maior de cristais de apatita na glândula pineal, o que as torna mais sensíveis a influências espirituais. No entanto, é possível desenvolver esses cristais por meio de treinamento e prática. Da mesma forma, a falta de exercício dessas capacidades pode levar à atrofia dos cristais de apatita, reduzindo a sensibilidade espiritual.
René Descartes e a Glândula Pineal
René Descartes, o renomado filósofo e matemático francês do século XVII, desempenhou um papel significativo na história do pensamento sobre a glândula pineal. Ele a descreveu como o ponto de interação entre o corpo e a alma, uma ideia que se destaca em suas teorias sobre a dualidade mente-corpo.
“Concebamos, pois, que a alma tem a sua sede principal na pequena glândula que existe no meio do cérebro, de onde irradia para todo o resto do corpo”
(Descartes, 1999, p. 239). Existência da alma.
Descartes estava profundamente interessado em entender como o corpo físico e a mente não-física interagiam. Ele sugeriu que a glândula pineal era o ponto principal dessa interação.
Descartes escolheu a glândula pineal porque a via como uma estrutura única no cérebro, não dividida em dois hemisférios, e localizada em uma posição central. Ele acreditava que, por ser única e central, a glândula pineal poderia servir como o local onde a alma exerce seu controle sobre o corpo.
Manly P. Hall e a Glândula Pineal
Manly P. Hall, um dos mais proeminentes pensadores místicos e autores no campo do ocultismo e filosofia esotérica, ofereceu uma perspectiva profunda sobre a glândula pineal.
Em suas obras, ele destacou a importância espiritual desta pequena glândula, relacionando-a com temas de conexão entre o físico e o espiritual, bem como seu papel essencial no despertar espiritual e na obtenção de conhecimento oculto.
Através da glândula pineal, os indivíduos podem acessar um conhecimento oculto, que está além do alcance dos sentidos físicos e da compreensão racional comum. Este conhecimento metafísico inclui informações profundas sobre a natureza da existência e a interconexão de todas as coisas.